terça-feira, 8 de julho de 2014

Foi-me bom ter passado pelas aflições...para quê?

...para que aprendesse os teus decretos, respondeu Jó.

   Em entrevista a uma jornalista da Rede Globo após a conquista do pentacampeonato de futebol, 2002, o então futebolista Ronaldo, "o fenômeno", confessou apaixonadamente que em meio a tantas tribulações vividas naqueles últimos três anos de sua vida, jamais tinha perdido a esperança de voltar a jogar futebol, sua maior paixão. E essa esperança produziu nele a perseverança para ir em busca daquilo que Deus lhe reservara, a saber: a conquista do campeonato mundial de futebol, e de sobra "o galardão" de ser artilheiro daquela competição, com oito gols.

   Disse Jesus certa vez aos seus discípulos a respeito do Centurião (Mt.8:10): "nem mesmo em Israel achei fé como essa". Em, não raros, momentos da vida os "não crentes" são alçados à condição de exemplos de fé para os "filhos de Deus". Estes que, não raro, por muitos do que sofreu Ronaldo, "o fenômeno", e de sobra, intoxicados via rádio, televisão, jornais, revistas, etc, por "pastores" que pregam "teologias" da vida próspera e sem problemas, se vêem em revolta com Deus ao ponto de abandonarem a fé. Se pensarmos nas tribulações como algo em si mesmo, ela poderá vir a ser algo que apenas nos traga sofrimento. Todavia, se imaginarmos que em meio a elas o Criador, pode produzir em nós perseverança, e esta por sua vez experiência, e essa ainda esperança... Ah, aí então nos alegraremos em meio as tribulações e nos consolaremos, pela fé que vem de Deus, em meio a elas!

   Isto posto"passar por aflições", com certeza não é necessariamente algo que nos leve ao sofrimento por si só, mas algo que, talvez, nos conduza a um maior conhecimento de nossas limitações e ao aumento de nossa salvação em Deus, nosso Senhor. Mais ainda, uma esperança que não se situa apenas no campo das expectativas, mas uma esperança que já modifica o meu presente aqui e agora; uma esperança que me faz lutar e não me conformar com minha situação de sofrimento em si.

   Concluindo, foi-me bom ter passado pelas aflições... pelos mínimos motivos acima alinhados.

                                                                             
Rev. Agnaldo dos Santos Mota.


  

segunda-feira, 7 de julho de 2014